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"As ânforas da Bética costeira na Alcáçova de Santarém" |
Arruda A. M., Viegas C., Bargão P.
(
2005 ) |
Revista Portuguesa de Arqueologia, vol. 8, núm. 1, pp. 279-297 |
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pdf (265 Kb) | Na Alcáçova de Santarém, o consumo de produtos alimentares de origem andaluza está testemunhado desde o século VIII a.C. através da importação de vinho e de preparados de peixe, mas tende a intensificar-se na viragem da Era. As ânforas romanas produzidas na baía gaditana são o objecto deste trabalho, sendo aqui apresentados os seus tipos, e discutidas as suas morfologias e conteúdos. Se a origem destes contentores não levanta grandes dúvidas, a sua cronologia será também perspectivada tendo em consideração os dados que as sequências estratigráficas, obtidas durante os extensos trabalhos de campo, proporcionaram.
Os contentores fabricados na Bética meridional, e que transportaram vinho, azeite e preparados de peixe para a Alcáçova de Santarém, são objecto de análise, o que permitiu discutir, num centro de consumo, o processo de romanização dos contentores verificado nos centros produtores, concretamente os que se localizavam na Bética. Durante a época republicana, estas ânforas chegaram acompanhadas de outras de diferentes origens e de conteúdos diversos. Durante o Alto Império, a actual Andaluzia continuou a abastecer a antiga colónia scallabitana de produtos alimentares, estando os preparados de peixe documentados em ânforas Dressel 7/11, ainda que outras regiões, como por exemplo a própria Lusitânia, se tenham também constituído enquanto centros abastecedores. |
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